sábado, 22 de fevereiro de 2014

E o vento levou - Margaret Mitchell


Deus do céu acho que nunca fiquei tão triste ao terminar uma leitura estou em depressão!  
...E o Vento Levou. Passei vários meses com essa história, me aproveitando de cada novo acontecimento, cada detalhe e traço da personalidade dos personagens que mesmo tendo assistido o filme inúmeras vezes não havia decifrado. 
Estava sempre com o livro em mãos e os amigos já haviam se acostumado a me ver com ele debaixo do braço, no ônibus, no portão de casa, no meu horário de almoço e às vezes até brincavam ao falar nossa que bíblia é essa que você está lendo! ( RISOS)
Pois bem... Todos sabem que adoro ler e vivo suspirando pelos cantos com cada um dos livros que leio, mas quero deixar bem claro que essa não é mais uma de minhas “paixonites literárias” , trata-se de amor verdadeiro sé é que me entendem. E o Vento Levou é Magnifico!


Não se trata apenas de uma história de um amor; ou um triângulo amoroso. Vai além da história da Guerra Civil americana; é sobre costumes, preconceitos, sobre uma terra que cultivava algodão, sobre um povo que amava sua terra e sobre valores de uma civilização inteira... Uma civilização que caiu, talvez por sua prepotência e arrogância, sobre um povo que sentia falta de um estilo de vida que a guerra os roubou, sobre a nostalgia que esse mesmo povo sentia ao lembrar-se das velhas tardes ensolaradas do Sul da Georgia e dos velhos tempos.



Scarlat O’ Hara: personagem principal do livro, era uma menina mimada, fútil e de família rica, que mantinha uma tremenda vaidade e que fazia os homens se arrastarem aos seus pés, porém ao se deparar com a nova realidade que a vida lhe oferecera foi dominada por uma garra e coragem que deixaria qualquer escravo daquela época no chinelo. Sempre que se propunha a fazer algo negava-se a olhar para trás e preferia seguir em frente e não importava o grau de dificuldade ela se preocuparia no dia seguinte...O importante era seguir em frente!
Scarlett O’Hara, contrariava todas a regras impostas pela sociedade naquele tempo e por ser de fato tão diferente das damas sulitas foi sempre julgada de modo muito severo e apesar de ter o sonho de tornar-se uma dama como sua mãe ela nunca conseguiu... Foi simplesmente mulher!
Uma mulher por muita das vezes fria, gananciosa, cheia de defeitos,mas não posso culpa-la afinal as dificuldades fizeram com que ela se comportasse assim.
Apesar do estilo de vida de princesa que fora criada quando os confederados perderam a guerra, ela tornou-se uma mulher forte e muito corajosa mesmo que um tanto inescrupulosa ás vezes( RISOS), tinha iniciativa e fazia o que fosse preciso para que ela e os seus tivessem algo para comer e um teto para dormir, uma mulher que trabalhou numa época em que só homens negociavam, que arou a terra tão bem quanto qualquer escravo, e fez jus a promessa que fez com Deus por testemunha nos invernos de Tara, que após a guerra nunca mais passaria fome mesmo se fosse preciso roubar e matar.


Sem contar os outros personagens Ashley Wilkes o sonhador, tão preso aos velhos tempos e a meu ver inútil e covarde. Mommy a ama de leite e escrava da casa tão fiel a família por três gerações. Melanie Hamilton, uma das personagens mais generosa e bondosa que já existiu “A perfeita dama” fiquei tremendamente apaixonada por ela, sempre com seu senso de justiça, serena e doce, quisera eu desfrutar de uma amizade tão verdadeira quanto a dela por Scarlat . Rhett Butler (O PERFEITO!), o que todo homem, em parte, deveria ser. Cavalheiro e gentil nos momentos certos, sempre astuto com as respostas na ponta da língua e apesar dos maus modos e da índole meio duvidosa, era verdadeiro, engraçado e amava Scarlat com todas as suas imperfeições e a apoiava nos momentos de maior dificuldade .. O único, talvez, que conseguiu “dominar” a indomável Katie Scarlett O’Hara.


Essa história mexeu com minha cabeça, vou sentir falta dos momentos de alegria e tristeza que ela me proporcionou, eu sofri com a guerra e a destruição, senti falta dos velhos tempos... De um sul primaveril e das tardes ensolaradas, tive por duas vezes o coração partido, vi uma terra caindo e se reerguendo com a decência e os costumes de dias que se perderam no meio do inferno da guerra e fiquei fascinada com os detalhes, com o cenário que me fora apresentado, enquanto lia sentia como se estivesse em uma máquina do tempo que me transportava para 1860 e por fim só quero dizer que o livro é SENSACIONAL! 

Beijos,
Amanda Janes

E aí, gostaram da resenha? Ela foi feita pela minha amiga linda e talentosíssima Amanda Janes, espero que ela compartilhe sempre os seus sonhos e gostos com a gente. Queremos mais resenhas, Amandinha! 

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